Casa | 19.02.24, 19h39
O texto de hoje demorou pra sair.
Normalmente já tenho ele pronto na segunda de manhã ou, pelo menos, seu tema decidido, mas esse final de semana foi muito mais emocional do que racional e, apesar da sensação de ter mil abas abertas na minha mente com infinitos assuntos que queria abordar aqui, não consegui ainda dar contorno pra eles em um texto no estilo que normalmente trago.Então, honrando os acontecimentos dos últimos dias (veremos se vou falar deles até o final desse escrito. Ainda não decidi), e aproveitando o Sol recém entrado em Peixes + Lua em Câncer, deixo apenas sentimentos aqui:
Da minha mãe eu carrego um cantinho do rosto que, olhando de relance, confundimos nossas imagens em fotos. Carrego as mãos e a abertura delas para amparar quem precisa.
Do meu pai levo o formato dos olhos e outro tanto do rosto, que também traz a minha avó. Dela também veio meu número preferido e o amor pelo mar.
Da minha madrinha tenho o sorriso fácil e as lágrimas abundantes. Tenho o interesse em conversar com todo mundo.
Da minha tia carrego o amor por música, shows, rua e tudo que não cabia no resto dos padrões da família.
Do meu padrinho herdei um amor que não sou capaz de explicar, mas que é o maior que já senti na vida.
Da minha madrasta tenho a voz alta e firme quando se precisa defender o que acredita. A paixão por roupas e acessórios também veio dela - e da minha tia-não-de-sangue-mas-100%-tia.
Descobri recentemente que carrego do meu avô o gosto por estudar e entender o mundo à nossa maneira.
Da minha tia-avó que recém partiu, levo o "Maria, passa na frente" que vem automático quando estou com medo na rua, mesmo não sendo religiosa.
Da minha avó-drasta mantenho o amor pelos palcos e tudo que é espetaculoso. Assim como o respeito, tolerância e abertura que também vieram dos meus tios.
Se quiser ir um pouco mais longe, tenho a extroversão daquelas outras tias (e o amor por cantar a plenos pulmões qualquer música que eu goste).
O cuidado e preocupação com qualquer pessoa que seja amada, divido com a minha prima. O acolhimento em abraço, com meu primo.
Tenho em mim um tanto de cada pessoa que amo.
De cada familiar, de cada amigo, de cada alguém que um dia significou muito.
Carrego seus trejeitos, palavras preferidas, sonhos, manias, costumes…
Guardo no peito seus olhares e a forma como me fazem sentir.
Honro o que me ensinaram.
Curo o que me apontaram doer.
Aos que já foram, peço proteção e guiança.
Aos que ainda estão ao meu lado, peço que a gente não esqueça o privilégio que é a presença.
E, a todos, agradeço por tudo o que fizeram
e por tudo que eu sou.
Bê
o privilégio da presença é um dos maiores, que né? que lindo, Be!